sábado, 12 de octubre de 2013

16/set - Independência do México

mural_independencia_mexico / Museo Histórico de Acapulco, Fuerte San Diego
                                                                   Foto: Museo Histórico de Acapulco, Fuerte San Diego

Em 1810, na madrugada do dia 16 de setembro o padre Miguel Hidalgo dá o famoso Grito de Dolores (na cidade de Dolores Hidalgo), convocando o povo a libertar-se do jugo espanhol que durou quase 3 séculos. Essa guerra armada e social só teve fim em 27 de setembro de 1821 quando o exército insurgente liberta-se do virreinato espanhol. 

O mês de setembro é o mês de comemoração da independência, por isso os ônibus carregam a bandeira mexicano, assim como os edifícios e carros. A população do DF usa as cores da bandeira em sua roupa e tradicionalmente comem "Pozole" e "Chile en Nogada". O último porque tem as cores da bandeira. É um pimentão recheado e servido com um molho branco (feito de nozes) e semestes de romã cubrindo tudo.

No sábado (16) jantei pozole com uma família mexicana e assistimos pela TV a transmissão do Grito oficial feito pelo presidente Enrique Peña Nieto diante de uma multidão no Zócalo da cidade. Nas famílias mais tradicionais, já notei que todos se sentam enquanto a matriarca ou quem cozinhou a comida os serve. O pozole é como um caldo de grão de bico, adicionado de alface finamente cortado, cebola picada, rabanete e muita, muita pimenta...hehehehehe. Existe pozole vermelho, verde ou com mole - molho feito de chocolate com pimenta - todos picantes. É uma delícia!!!  

Com as cores da bandeira mexicana!!

Pozole
Sobremesa:
Gelatina com as cores da bandeira e recheio de pêssego.
Delícia pura!!!
Chile en nogada, prato típico dessa época!





























Xero!!!

Luta Livre Mexicana

o wrestling mexicano é bem parecido com a forma de luta que o inspirou: a luta livre profissional americana. Ambos são cheios de personagens coloridos e histórias excêntricas, além das regras das duas serem muito flexíveis e observadas de longe pelos juízes.



Faz quase um mês que não escrevo no blog. Para demonstrar minha boa fé em mantê-los informados sobre como ando por aqui, preparei uma "matéria" completa sobre Luta Livre Mexicana. Fui ao aniversário de 80 anos da Arena México assistir lutas especiais. Muito Legal!!!





O wrestling mexicano é bem parecido com a forma de luta que o inspirou: a luta livre profissional americana. Ambos são cheios de personagens coloridos e histórias excêntricas, além das regras das duas serem muito flexíveis e observadas de longe pelos juízes.

Assim como com a luta livre americana, as pessoas costumam dizer que a versão mexicana é "uma fraude". Em alguns aspectos, isso é verdade. Os vencedores da maioria das disputas são pré-determinados, para que tudo siga tramas planejadas parecidas com novelas. Os lutadores geralmente estão representando um papel, eles não se odeiam na vida real.
O que melhor diferencia a "lucha libre" da luta livre americana é que quase todo grande lutador de wrestling mexicano usa uma máscara e tem um nome artístico. A identidade real do lutador é mantida em segredo. Na verdade, é uma afronta para um lutador mexicano ter sua máscara retirada ou ser visto sem ela. Em algumas lutas especiais e raras, o perdedor é desmascarado, algo muito dramático para os fãs.
Alguns luchadores (os lutadores do wrestling mexicano) levam a identidade que usam na luta para fora do ringue, usando a máscara quando estão em público. Algumas famílias transmitem as identidades usadas nos ringues por várias gerações, como um filho herdando o mesmo nome e máscara de seu pai.
A "lucha libre" é caracterizada por vários movimentos aéreos, manobras acrobáticas e combinações complicadas desses movimentos, umas após as outras, em uma rápida seqüência. Os "luchadores" costumam ser menores, mais rápidos e mais ágeis do que os americanos.
Os lutadores populares sempre são heróis admirados pelos fãs. Eles podem representar guerreiros astecas, santos cristãos ou super-heróis de quadrinhos, mas sempre lutam pelas pessoas comuns: trabalhadores, fazendeiros e os pobres.
O estilo de luta da "lucha libre" não se restringe ao México. Além das estrelas mexicanas que fizeram sua fama (e a do México também) na luta livre americana, a luta livre japonesa foi muito influenciada pela "lucha libre". Estrelas mascaradas como Último Dragão e Máscara de Tigre levaram a tradição mexicana de usar máscaras a um novo nível, criando super-heróis elaborados com máscaras cuidadosamente esculpidas e que incluem barbatanas, chifres, enchimentos e outros adornos.
O personagem de Jack Black em "Nacho Libre" é imobilizado no chão. 
A "lucha libre" começou na década de 30, quando Don Salvador Lutteroth Gonzales, também chamado de Pai da Lucha Libre, começou a primeira liga de wrestling mexicano, a Empresa Mexicana de Lucha Libre (EMLL). Sua inspiração foram as lutas que ele viu no Texas. 
Telecatch foi um programa de televisão criado na extinta TV Excelsior do Rio Canal 2, dedicado à exibição de combates de luta-livreque combinavam encenação teatralcombate e circo. Com a extinção do Palácio de Alumínio (uma cúpula de alumínio dedicada à exibição de combates corpo a corpo), um dos protagonistas da rede de lojas Imperatriz das Sedas (cuja sede era vizinha ao palácio montado no terreno do extinto tesouro nacional - doado aos comerciários) e um dos sócios da empresa, "Sr Rafick", resolveu promover um programa de lutas livres (via televisão) e cuja modalidade era o Tele-catch. Durante os anos 60 alcançou o auge do sucesso, criando vários heróis, como Ted Boy Marino.
Inicialmente chamado Telecatch Vulcan devido a uma ligação com a casa da borracha dos Cassini (Esportes Náuticos) e Imperatriz das Sedas (dos sócios César Murane e Rafick), a TV Excelsior televisou dos anos de 1965 a 1966. Devido a outro patrocinador, posteriormente passou a ser denominado Telecatch Montilla (TV Globo - 1967 a 1969) e finalmente como Os Reis do Ringue (TV Record) nos anos 70.
Por razões de economia a rede de lojas Imperatriz das Sedas (a principal patrocinadora) e empresas associadas resolveram não mais financiar o Telecatch.

Então, pra nós, no Brasil, a visão da luta livre é de que é uma brincadeira, por isso quando cheguei à Arena México me surpreendi com as pessoas torcendo pelos lutadores. Eu pensava: mas será que eles não sabem que é tudo combinado e coreografado, meu Deus? Vão famílias, quando eu pensava que só havia homens lá. Maridos, esposas e seus filhos torcendo juntos! É uma experiência incrível! Especialmente quando há combate de perda de máscara e o público fica super emocionado e grita junto. Até eu fiquei sofrendo por alguns personagens que gostei... hihihihihihi. 



Comendo nachos...hehehehehe









O gordinho esmagando o oponente..kkkkkkkk