10:30 a.m começou o culto na
igreja Semilla de Mostaza. Fui sozinha, já me ensinaram que condução tomar e o caminho (tenho que andar
uns 4 quarteirões pra pegar o bus e mais uns 3 depois que desço na parada). Mas
como vale a pena! Volto pra casa leve, flutuando. Sempre me lembro do salmo que
fala: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor”.
Essa foi minha 3ª visita e, como
nas vezes anteriores, gostei bastante do culto. O louvor foi ministrado por um
irmão muito talentoso, uma das canções eu conhecia (Eu te louvarei, te
glorificarei, eu te louvarei, meu bom Jesus...) e me senti em casa (rsrsrsrs).
O tema do culto foi: Jesús,
nuestra pascua e o pregador de hoje falou sobre 5 episódios bíblicos onde vemos
a morte e o derramamento de sangue como paga dos pecados do homem (Adão, Caim e
Abel, Abraão e Isaque, a última praga do Egito e a expiação realizada pelos
sacerdotes até a vinda de Cristo, o redentor máximo). A mensagem foi linda,
fiquei muito sensibilizada com a ação do Esp. Santo. Fiquei sozinha, minha
companheira de culto chegou depois de mim e nos desencontramos, mas mesmo assim
foi tudo ótimo. No momento do apelo cerca de 40 pessoas se levantaram e fizeram
oração de conversão. Enquanto a última canção do culto era tocada as pessoas
que se converteram foram convidadas a se aproximarem do altar pra receberem as
boas-vindas do pastor, bíblias e algumas instruções sobre sua nova vida em
Cristo e horários do discipulado (sala de “nuevos creyentes” que ocorre na semana).
O último louvor marca o encerramento do culto, não há benção apostólica. Estou bastante inclinada a ficar
nessa congregação.
4:30 p.m começa o culto na igreja
Belén. No entanto saí de casa com bastante antecedência, embora a igreja fique
a uns 25 min (a pé) da minha casa. É que numa rua próxima à igreja há uma feira
que acontece todo domingo. Ali se vende desde peças de vestuário, bijuterias,
doces (como em toda esquina. Oh povo pra gostar de doce! Haja diabetes.) a
comida e calçados. Tem gente que vai tomar café (na verdade encher a pança de
tacos, enchiladas, empanadillas etc) e outros que vão pra almoçar e fazer umas
comprinhas. Achei curioso ver homens de terno e mulheres de salto alto sentados
em banquinhos de plásticos ao lado de crianças e pessoas bastante humildes. Na
hora de comer todo mexicano é igual, quero dizer, não há divisão de classes
sociais. Dei uma voltinha pela feira enquanto dava a hora de ir pra igreja.
Chegando à igreja - meia hora
antes do culto – (Para os que dizem que não consigo não me atrasar. hehehehe...
né, Iana?), me surpreendi com o costume das irmãs: véu na cabeça. Pensei que
fosse só para as casadas, daí vi jovens e crianças usando também. Ainda não sei
qual é o critério para o uso do véu. Só sei que a primeira coisa em que pensei
quando vi o coral de senhoras foi naqueles velórios de filme (rsrsrsrs). Ok,
deixando de lado a gaiatice... Me senti inadequada, porque as pessoas tem um
tom tão solene, formal e eu tão batista no meio daquele povo com jeito de
assembleianos rígidos (até a oferta é com salvas também). A igreja é toda
“trabalhada” no glamour... mármore, vidro e madeira, os bancos até brilham. Umas
irmãs estavam de terninho, saia comprida, salto alto. As garotas de botas,
meia-calça, vestido ou saia e... véu.¬¬ As
únicas pessoas de calça eram os homens e algumas visitantes, porque houve
batismo e os familiares de alguns irmãos foram convidados. E eu de legging,
vestidinho, bolsa de zebra, colar de continhas coloridas, unhas coloridas - os
velhos pontinhos de cores super discretas -... Já imaginou a cena? A cara deles
era o melhor! (rsrrsrs). Acho que eles pensaram que eu era descrente, não fosse
a bíblia na minha mão. Mas eles não me discriminaram nem nada, foram bem
educados. Me saudaram na entrada, na saída e uma irmã que estava ao meu lado me
cedeu seu hinário pra eu acompanhar as quase 15 músicas que cantamos no
decorrer do culto (eu juro que não to exagerando!). Era um senta-levanta, que
somado ao que eu já tinha caminhado de manhã e pra chegar até lá, eu já tava
sentindo dor nas pernas e nos pés.
Bem, não houve pregação, o pastor
(parecia o jeito do Pr. Elvis, para os que o conhecem sabem do que to
falando...rsrsrsrsrs) – Abração, querido Pr. Elvis – fez uma reflexão rápida
numa passagem e começou a batizar o povo no tanque que fica no altar. Não sei
porquê, mas demorou um tempão! Enquanto ele batizava as quase 20 pessoas
cantamos, cantamos e cantamos. Eles tem duas harpas – é, meus amigos, pra quem
acha uma harpa demais, tai..rsrsrs – e cantamos até músicas infantis de uma das
harpas.
Mas a característica principal
dessa congregação é que é bastante aconchegante, apesar da minha inadequação
inicial. É que me fez lembrar o clima de comunidade, a alegria dos louvores, a voz
da igreja como num coral, a forte presença do fogo de Esp. Santo. E a benção
apostólica é exatamente igual a que eu estou acostumada (só que em espanhol,
claro).
Acho que meu pastor Gigi iria
gostar muito dessa igreja. Quem sabe, né, pastor?! Bjão pra vc.
O culto terminou com certo atraso,
mas ainda era dia. O sol se põe entre 7:00 p.m e 7:30 p.m. Daí fui caminhando
rápido pra casa, antes que anoitecesse. Não que seja perigoso, mas as ruas
estão vazias nesse horário e minha rua fica a 4 quadras da avenida. Fiquei mais
tranquila quando vi uma viatura numa rua e mais a frente, perto de casa, outra.
Moro a 2 quarteirões de uma delegacia, portanto sempre há ronda nessa área.
Além do mais moro num bairro de condomínios, carros importados (tem uns que eu
nunca tinha visto na vida, portanto não posso nem dizer a marca, mas são
lindíssimos), restaurantes chiques - até os cachorros parecem caros – (hehehehe).
Fico devendo fotos da colônia
onde moro e da colônia onde fica a igreja Belén. São 2 bairros de casas
lindíssimas, ruas limpas, muito arborizadas e com muita variedade de comércio.
Ficam exatamente um de frente para o outro, divididos apenas pela imensa
avenida Insurgentes.
¡Hasta luego, muchacho(a)s!!!
¡Dios les bendiga!
Besitos cariñosos.