Estava eu no sábado à noite (como sempre) assistindo filmes, corrigindo manuais e estudando, quando uma colega de trabalho (também cristã) me liga e me convida pra uma festa. Eu tinha que me arrumar em 40 min. Quem me conhece sabe que eu não consigo nem escolher uma roupa em tão pouco tempo...kkkkk. Em 40 minutos tomei banho (enquanto provava as roupas mentalmente), me arrumei e me maquiei (pela metade, confesso). Fomos Nancy e eu a um aniversário (de um amigo dos amigos dela). Conheci Milton, Omar e Catarina, uma alemã com carinha de boneca.
O barzinho onde aconteceu a festa tinha uma decoração bem peculiar (alguns diriam cafona no Brasil). Tinha cúpula de abajur pregada no teto, capas de discos, isopor de decoração de aniversário de 15 anos (de "quinceañeras", como eles dizem aqui), imagem da virgem de Guadalupe (claro, não podia faltar), fotos de atores e atrizes do cinema pioneiro mexicano (a galera das antas...kkkk), e a carcaça de uma combi na fachada, enquanto eu observava tudo isso rolava cumbia, salsa colombiana, reggaeton e até música brasileira (quer dizer, aquele lixo auditivo que o Gustavo Lima canta). O aniversariante estava super animada, não parava de dançar e deu atenção a todos os seus amigos. Ri muito com o Omar e o Milton, são muito divertidos e bacanas ("buena onda"). Além do mais, Nancy e eu conversamos, rimos, ouvi um pouco da experiência da Catarina aqui no México, em seus 2 anos morando aqui. Fomos apresentados a uma francesa, namorada de um dos amigos dos amigos da Nancy. Esse encontro de nacionalidades é muito bacana!
Enquanto os rapazes bebiam suas tequilas, Nancy e eu nos afogamos en nossas limonadas (kkkkk). Achei super estranho eles comerem asinha de frango como petisco e mais ainda molhadas na pimenta. Comi, e até que a pimenta não era tão picante...aos poucos vou me acostumando. A Nancy me deu até chipotle em lata essa semana..hehehe. Também achei curioso o fato de todos acompanharem as músicas cantando alto, curtindo a música mesmo. Às vezes baixavam o volume pra se escutar melhor os clientes cantando em coro..achei engraçado. Até as músicas mais passadas de moda, as de dor de cotovelo (repaginadas por bandas moderninhas) eles cantam em alta voz. Tinha uma galerinha que dançava cumbia entre as mesas. O barzinho é um cubículo, mas felizmente conseguimos uma mesa do lado de fora. E felizmente es
tava fazendo um friozinho agradável. A noite foi divertida, ouvi muitas histórias e conhece muita gente! Hoje não houve insônia que me impedisse de dormir.
Na manhã do domingo fui ao culto na Semilla de Mostaza. Como sempre, uma bênção! Depois do culto, Nancy me levou a uma feira livre (aqui há muitas, e se vende de tudo) perto do bairro dela, uma zona da cidade que eu ainda não conhecia. Comprei uma calça pra caminhar (faz frio no fim da tarde, mesmo estando na primavera) e um moletom. Não acreditei quando vi uma banquinha de uma ótica em plena feira. Se comprar na feira tem desconto. E pode-se comprar os óculos e ir pagando, quando quitar, leva. Achei o máximo!!! Compramos doces típicos (obleas, cajetas, cocadas) - a Nancy também adora doces.
Almocei na casa dela e pela primeira vez vi um almoço em família. É porque eu geralmente almoço no trabalho e janto sozinha. Eles comem uma coisa de cada vez. primeiro tomamos sopa, depois a Nancy se levantou pra pegar a carne à milanesa, salada de verduras e feijão preto (com pimenta). Arroz, macarrão? Não. Achei estranho, mas já percebi que é um costume deles. Achei interessante a diferença do bairro dela de onde vivo. É como sair do Meireles para o Vila Velha. Ela me disse que essa zona da cidade pode ser perigosa. Inclusive os vizinhos lamentalvelmente causam danos aos carros alheios. O dela tem arranhões, o parabrisa tem uma rachadura etc.
Nancy me levou a outro mercado (enorme, diga-se de passagem) e vimos muita coisa barata. Pensei em não sei quantos amigos - "Isso é a cara de fulano", eu pensava... kkkk - quando enquanto passava pelas banquinhas. Pra quem gosta de roupas e acessórios de marca, desculpa aí, mas eu gosto é de coisa boa, bonita e BARATA, e pode apostar que se encontra muita coisa boa nos mercados daqui.
Caiu uma chuvinha e Nancy me deixou em casa - sã e salva. Depois de mais um filminho, vi que a chuva passou e dei um pulinho numa loja que tá em liquidação. Comprei coisinhas e voltei satisfeita pra casa.
Talvez quem lê essas linhas pensa: "Nossa, que consumista!". A verdade é que é muito terapêutico poder passear, ir ao cinema, comer, ver gente, quando se passa muitas horas sozinho em casa. E pior, sem internet. E embora tenhamos telefone fixo, não temos pra quem ligar. Por isso, me dou ao luxo de comprar coisas que não me deixarão individada e que me servem tanto aqui quanto no Brasil. Principalmente agora que algumas roupas sequer me cabem (mãe, minha calça branca nova não me serve mais...snif snif).
Bjoks,
Até a próxima!
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O aniversariante |
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Com Nancy |
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Uma decoração um tanto quanto estilosa...kkkk |
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Milton y Nancy |
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Omar, Catarina, eu e Nancy |
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Omar gostou do meu óculoa... e a placa ali ao fundo ficou parecendo um cigarro. kkkk |
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Esse carro serve pras pessoas sentarem mesmo... não saí daí. |
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A fachada |
Adorei a fachada!!! kkkk
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