martes, 2 de abril de 2013

Minha Páscoa

Nesse feriado só vi o sol no domingo, quando fui à igreja. Antes que as lágrimas molhem meu teclado (rsrsrsrs), me explico: fim de mês, sem companhia, trabalho pendente etc. Fiquei só em casa mesmo, mas foi bom pra resolver umas coisas. Mudei uns quadros, estava achando eles muito antiquados para uma casa de garotas, daí fiz um collage (tão artista...kkkk). Assisti uns 5 filmes ou mais, li uns artigos, pois tenho esse mês para produzir um trabalho sobre o “Conceito antropológico da mulher na sociedade mexicana” (escolha minha esse tema e a professora apoiou demais) da disciplina de Fontes de Informação (5º sem.) do curso de Psicologia da UNAM.

Bem, a professora me deu algumas dicas bibliográficas e uma garota da minha sala se voluntariou a pegar um livro emprestado pra mim na biblioteca. Ainda bem, porque eu teria que falar com o chefe geral da biblioteca (maior burocracia) pra ter acesso a esses livros. Deus é bom demais, me ajuda nas mínimas coisas. Daí tinha que lê-lo em uma semana pra entregar dia 01/04.

Passei boa parte do tempo sozinha. Novidade... Minha roomie saiu na quinta pra almoçar com um amigo e só voltou no sábado. Sério! Pensei que tinha sido sequestrada por marcianos, voltado pra Argentina ou sofreu um acidente ou sei lá o que. Fiquei super preocupada com ela, mas não tinha crédito pra saber seu paradeiro. Quando finalmente chegou, ela me disse que o amigo a levou a uma cidade vizinha e insistiu que ela ficasse, ela também não tinha crédito pra me avisar. Fim do mês é triste!

Apesar dos pesares, o culto de Páscoa compensou tuuudo. Começou com um monólogo super bem feito (com cenas em câmera lenta, uma sacada cinematográfica com direito a sonoplastia feita pela boca do próprio ator, cenas com músicas de ação, melancolia etc.) onde o personagem principal era Pedro relembrando momentos com o Mestre, desde a última Ceia, a traição, as experiências no mar. Foi realmente lindo, emocionante. Pela primeira vez me senti como Pedro, indigna, limitada, fraca, e por isso também dependente dEle e necessitada de Sua redenção. A igreja passou uns 10 min aplaudindo, em copiosas lágrimas. Depois da maravilhosa mensagem (sobre os 3 tipos de fé que Jesus levou os discípulos a vivenciarem depois de ressurreto) houve a Santa Ceia. No lugar do pão comemos bolachas salgadas (bom, na verdade um pedaço) e um copinho plástico (tampado) com o suco da uva. Mas eu, como desastrada por excelência quase entornei o “vinho” em mim mesma tentando abrir a tampa do bendito copo. Percebi que acabaria fazendo um desastre e abandonei (com pesar) meu copinho na poltrona, sem sequer provar do suco. O que importa é que a reflexão e o arrependimento aconteceram apesar da ceia não concluída. Muitas pessoas se renderam a Cristo. Mas também com aquela mensagem, até eu quis me converter de novo, foi impactante! E o culto foi encerrado com: “Cristo move as montanhas e tem poder pra salvar, tem poder pra salvar, pra sempre autor da salvação, Jesus a morte venceu, sobre a morte venceu”. A igreja cantou em uníssono, senti meu corpo vibrar naquela onda de adoração. Tremendo! (expressão de crente pra dizer que algo foi divino, arrebatador, indescritível). J

Voltei pra casa renovada, sentindo de fato uma mudança em meu interior. Foi interessante essa experiência, porque não havia com quem compartilhar, não havia preocupação em provar alguma coisa ou o que pensariam de mim. Por isso, ou se sente ou não se sente quebrantamento, transformação, justamente porque foi um ato solitário, genuíno, como eu nunca havia experienciado antes. A Palavra foi como flecha que acerta o alvo, não sem antes fazê-lo sangrar e deixá-lo marcado.   



Ócio criativo..hehehehe
Monólogo

Encenação 





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